O Twitter: A grande estrela nas Eleições 2010.
Políticos e jornalistas passaram a adotar o microblog, usando e se pautando por ele.
O microblog fez uma interessante mistura de rede social com uma rede de informação em tempo real. Estes itens combinados e potencializados pela convergência com a imprensa clássica deram ao Twitter um papel de protagonista nestas eleições. Atrevo até a dizer que o microblog foi o segundo meio de informação mais importante na campanha para mobilizar o eleitorado, só perdendo para a televisão.
Em Goiás quem saiu na frente sem dúvida foi o candidato Marconi Perillo (PSDB), que foi um dos primeiros a utilizar a ferramenta. Seu twitter @marconiperillo chegou a ser seguindo por 18.234 mil pessoas. Seus adversários não conseguiram enxergar nesta nova ferramenta um novo potencial a ser utilizado nas eleições, Iris Rezende (PMDB) e Vandelan Cardoso, que entraram no twitter muito tarde, e se utilizaram de Assessoria de Imprensa, o @irisnaweb chegou a ter 1.657 e @22Vandelan 1.040 seguidores.
Notável foi a participação dos militantes virtuais. A militância de Marconi Perillo saiu na frente e conseguiu aglutinação. Com os eventos ETC-GO, os militantes foram se conhecendo e fizeram posteriormente os #twittaços.
A militância virtual de Iris Rezende no primeiro turno começou tímida e descoordenada, mas logo no começo de setembro resolveram se reunir e traçaram vários eventos, chamados de #Tsunami15 tendo a partir daí um crescimento extraordinário e de notável repercussão em Goiás, inclusive superando o adversário no segundo turno.
A militância de Vanderlan não se aglutinou, mas teve os melhores twitteiros, conteúdo, informação e direção os distinguiram dos demais.
Enquanto a militância de Marconi Perillo se pautou pela agressividade em seus posts aos twitteiros adversários, se utilizando inclussive de fakes em larga escala, a militância de Iris Rezende e Vanderlan mostraram respeito e alto nível, focando como meta apenas a desconstrução da imagem do adversário.
As eleições se encerram, mas o tema política ainda está mais vivo do que nunca. Agora começa uma nova fase no Twitter: fiscalização e cobrança das promessas de campanha do candidato eleito durante os próximos 4 anos.